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Dada a variedade de sistemas de governo no Oriente Médio, é interessante saber qual deles é eleito na Jordânia: quem governa, quem é o Chefe de Estado, qual é o seu método de nomeação… Nesta página contamos-lhe como é a sua forma de Estado e como é o Família Real da Jordânia, cujos monarcas gozam de alta popularidade e grande respeito entre a população.
A Jordânia é um estado configurado como uma monarquia constitucional. Ou seja, o poder legislativo é investido na Câmara dos Representantes (eleita por sufrágio universal, uma vez que a Jordânia foi um precursor do sufrágio feminino entre os países árabes) e no Senado (com 65 membros eleitos diretamente pelo rei). O poder executivo, por sua vez, cabe ao rei e ao Conselho de Ministros, liderados por um primeiro-ministro.
De qualquer forma, o poder do rei é mais importante do que o detido por seus homólogos no Ocidente: além de ser Chefe de Estado e comandante das Forças Armadas, ele tem um amplo poder de veto. As seguintes autoridades do país são o primeiro-ministro (ou presidente do Conselho de Ministros), o presidente do Senado e o presidente da Câmara dos Representantes.
No entanto, o país percorreu um longo caminho em diferentes áreas, incluindo a independência judicial, consagrada na reforma constitucional de 2011. Seus tribunais são classificados em três áreas de jurisdição: civil, religiosa e especial. O rei, no entanto, tem o poder de nomear o presidente do Tribunal Constitucional de nove membros.
A dinastia reinante na Jordânia é de linhagem hachemita, que tem suas raízes nos primeiros dias do Islã: especificamente, na tribo Banu Hashim, à qual pertencia um dos bisavôs de Maomé. O primeiro rei da Jordânia independente foi Abdullah I, que havia assumido um papel central também como rei no tempo do protetorado britânico durante a primeira metade do século XX.
Desde a sua criação, e especialmente com a atual Família Real da Jordânia, a imagem que foi projetada para fora é a de uma Casa Real moderna, com boas relações com outras famílias reais, tanto ocidentais quanto orientais.
O atual rei (a partir de setembro de 2022) é Abdullah II, cujo nome completo é Abdullah II bin Al Hussein. Ele é o filho e sucessor de Hussein I, que reinou por quase meio século no país e foi um dos grandes arquitetos da estabilidade política jordaniana, das boas relações com os países vizinhos e do progresso nos direitos democráticos e civis no país.
Abdullah II nasceu em 1962 e ocupa o cargo desde 1999. Atualmente, ele goza de uma popularidade notável, embora sua chegada não tenha sido sem algum debate: sua mãe era britânica (Toni Gardiner, cujo nome em árabe era Muna Al-Hussein) e os mais puristas questionaram sua legitimidade para a posição. Abdullah II aprofundou o trabalho de seu pai, principalmente liberalizando a economia.
A rainha Rania é provavelmente a pessoa mais conhecida da família real da Jordânia., pelo menos fora de suas fronteiras e especialmente entre aqueles que costumam navegar em revistas de papel couché. E é graças ao seu reconhecido bom estilo para a moda e uma elegância que deslumbra os moradores e estranhos. Nascida no Kuwait, ela realiza um importante trabalho social tanto em casa como no exterior.
Junto com o rei Abdullah II, ela é mãe de quatro filhos: o príncipe Hussein (herdeiro do trono por decisão de seu pai, algo que também gerou algum debate, já que seu meio-irmão mais novo, Hamza, tinha aspirações ao trono), a princesa Iman, a princesa Salma e o príncipe Hashem.
O papel proeminente da rainha Rania não é, de fato, exclusivo desta figura: as mulheres sempre tiveram um peso proeminente na Família Real da Jordânia, como também aconteceu, por exemplo, com a anterior rainha Noor, promotora de inúmeros projetos sociais no país.
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